segunda-feira, 24 de maio de 2010

Poraquê (Enguia elétrica)


Capaz de gerar poderosas descargas elétricas, o poraquê , vive nas bacias do rio Amazonas e Orinoco e é o predador principal de seu ecossistema.
Seus órgãos elétricos ocupam 4/5 de seu corpo e os órgãos vitais ficam na parte da frente, no pequeno espaço restante. O peixe pode alcançar até 2 metros de comprimento e pesar até 20 quilos.
O poraquê é capaz de produzir choques de até 500 volts e 1 ampére de corrente, uma descarga mortal para um humano adulto.
Apesar de também ser conhecido como enguia elétrica, o poraquê não tem relação alguma com as enguias.
Bagre elétrico

Os bagres elétricos podem gerar choques de até 350 volts e são encontrados na parte tropical da África e no rio Nilo. São peixes carnívoros de hábitos noturnos que alimentam-se de outros peixes debilitando-os com sua descargas elétricas.
A variedade do Nilo é conhecida desde o Egito antigo quando foi descrito em pinturas e suas propriedades elétricas foram registradas por um físico árabe do século XII que batiziou-o com o sugestivo nome de Raad ou Raash, que significa trovão.
Raia elétrica

A s raias elétricas pertencem a um grupo de 69 espécies de raias capazes de produzir descargas elétricas que variam dos 8 aos 220 volts dependendo da espécie.
Mergulhadores são advertidos para evitar contato com esta raia, pois um choque de 45 volts ou mais é suficiente para desmaiar um adulto. Apesar de não existirem mortalidades registradas, acredita-se que alguns acidentes fatais com mergulhadores que não conseguiram ser explicados, tiveram a participação desta raia em algum momento.
Suas propriedades elétricas são conhecidas desde a antiguidade. Os antigos gregos e romanos usavam as descargas elétricas para inibir as dores do parto e no tratamento de gota e dores de cabeça.




Esses animais têm um órgão especializado - chamado justamente de órgão elétrico -, composto de células que se diferenciaram a partir dos músculos durante sua evolução.
Assim como os músculos geram eletricidade ao se contraírem, pela entrada e saída de íons de suas células, cada eletrócito (célula do órgão elétrico) também se carrega e descarrega continuamente.
Cada vez que os eletrócitos são estimulados por um comando que vem do cérebro, eles produzem uma pequena descarga elétrica de aproximadamente 120 milésimos de volt (120 milivolts).
Como o órgão elétrico é formado por milhares de eletrócitos que se descarrega ao mesmo tempo, um peixe como o brasileiro puraquê (Electrophorus electricus), com mais de 2 metros de comprimento, pode gerar mais de 600 volts numa única descarga. "O puraquê é apenas uma entre mais de 120 espécies de peixes elétricos que existem na América do Sul.
“Todas as outras espécies produzem descargas mais fracas, que variam entre menos de 1 volt e 5 volts”, diz o biólogo José Alves Gomes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Também há peixes elétricos em rios da África.. Nos oceanos, há duas espécies de arraia e uma de peixe capazes de emitir descargas elétricas.


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